Palácio dos Carrancas

O Palácio dos Carrancas, está localizado no Porto, e alberga actualmente o Museu Nacional de Soares dos Reis.

Este palácio é obra de Joaquim da Costa Lima Sampaio, que teve também mão em outras obras como a Feitoria Inglesa e o Hospital de Santo António.

1795

A construção do palácio tem início em 1795, e serviria como habitação e fábrica da família Morais e Castro (a alcunha da família era Carrancas, daí o nome do palácio), e que geria vários negócios bastante rentáveis.

1861

O palácio é adquirido por D. Pedro V e passa a ser um alojamento luxuoso para os soberanos de visita ao norte. Não houve qualquer obras de remodelação ao palácio que ainda estava em condições aceitáveis e apenas foi demolida a antiga fábrica.

1915

O palácio é doado à Misericórdia através do testamento de D. Manuel II, que pretendia aí construir um hospital. Mais tarde o Estado comprou o palácio à Misericórdia para dar lugar ao Museu Nacional de Soares dos Reis.

1942

O Museu Nacional de Soares dos Reis é inaugurado e permanece até aos dias de hoje em funcionamento.

1992-2001

O palácio sofre profundas remodelações e expansões da autoria de Fernando Távora. Estas obras foram apenas acabadas em 2001.

 

Palácio Nacional de Sintra

Devido à falta de documentação, pouco se pode dizer com forte certeza sobre a história do Palácio Nacional de Sintra até ao reinado de D. João I.

No entanto, na generalidade, os especialistas aceitam a sua origem como sendo árabe e afirmam ter sido amplamente utilizado pelos reis da dinastia Afonsina. Quanto ao que já estaria edificado até então, é algo totalmente desconhecido.

Em finais do século XIV, o Palácio Nacional de Sintra ficou a ser conhecido como “Os Paços da Rainha”, e foi provavelmente a partir daí que se iniciou a campanha de obras de reconstrução do antigo alcazar.

Foi durante o reinado de D. João I que se construíram no Palácio Nacional de Sintra as cozinhas, a sala grande ou dos infantes (atualmente chamada de sala dos cisnes), a sala das pegas, o eirado da audiência e outras divisões que fazem a ligação com a capela, sendo que também esta passou por grandes obras.

Se tivéssemos que escolher o monumento que melhor sintetiza os muitos anos de História de Portugal, desde o domínio árabe e da conquista cristã até à implantação da República, a nossa escolha recairia, sem sombra de dúvidas, sobre o Palácio Nacional de Sintra. (Autor: HistoriaDePortugal.info)
Se tivéssemos que escolher o monumento que melhor sintetiza os muitos anos de História de Portugal, desde o domínio árabe e da conquista cristã até à implantação da República, a nossa escolha recairia, sem sombra de dúvidas, sobre o Palácio Nacional de Sintra. (Autor: HistoriaDePortugal.info)
No séc. XVI, o rei D. Manuel I mandou construir toda a ala manuelina, com as suas janelas decoradas de uma forma bem característica do estilo manuelino.

Foi também este rei quem ordenou a construção da sala dos brasões, além de ter patrocinado outros melhoramentos dos quais se destaca a decoração em azulejo de que tanto ele gostava.

Estas foram as campanhas de construção mais marcantes neste edifício, embora tenham existido muito mais obras espalhadas por muitos outros reinados.

Além disso, até ao nossos dias, o Palácio Nacional de Sintra tem sofrido também várias obras de restauro que têm contribuído para que se continue a manter a dignidade e beleza deste edifício.

[ Editar ]Fatos do Palácio Nacional de Sintra

A 15 de Janeiro de 1432, nasceu no Palácio Nacional de Sintra, mais precisamente na Sala das Duas Irmãs (hoje a Sala das Colunas), que fica situada mesmo por baixo da Sala do Brasões, D. Afonso V, rei de Portugal. Quarenta e nove anos mais tarde o rei faleceu na mesma sala onde havia nascido.

A 31 de Agosto de 1481 foi aclamado rei de Portugal, no Paço de Sintra, D. João II.

Foi também no Palácio Nacional de Sintra que D. Manuel I recebeu a notícia da descoberta do caminho marítimo para a Índia, por Vasco da Gama, tendo esta notícia sido dada por Nicolau Coelho.

D. Afonso VI passou aí os seus últimos nove anos de vida em cárcere, tendo chegado do seu cativeiro na Ilha Terceira a 20 de Setembro de 1674.

A 21 de Setembro de 1885, num jantar patrocinado por D. Luís, este homenageou, na Sala das Pegas, Capelo e Ivens.

Na manhã de 5 de Outubro de 1910 D. Maria é levada ao exílio tendo abandonado Portugal saída do Paço de Sintra.

Sala dos Archeiros – Era nesta Sala que ficava a Guarda Real dos Archeiros. À entrada encontra-se uma lanterna, recordando o costume de D. Afonso V que impunha esse dispositivo na 1ª divisão dos Paços.

Sala dos Cisnes – É chamada assim devido à decoração do teto onde se podem contar vinte e sete cisnes que ostentam gorjais de ouro ao pescoço. Anteriormente era conhecida como Sala Grande ou Sala dos Infantes.

Sala das Pêgas – Sala com decoração da qual constam cento e trinta e seis pêgas que levam no bico uma tarja com as palavras: “Por bem”

Quarto de D. Sebastião – Sala onde se pode admirar uma cama em ébano de dimensões pouco comuns e ornamentada com pinturas sobre cobre.

Sala das Sereias ou da Galé – Nesta sala existe um teto pintado com a imagem de sereias, tocando diferentes instrumentos musicais, e uma Galé.

Sala das Galés – Divisão que em tempos serviu como aposentos do príncipe D. Afonso, irmão do rei D. Luís.

Sala dos Brasões – No teto, além dos brasões do rei e dos infantes, encontram-se 72 brasões de outras famílias da nobreza da época.

Sala Chinesa – Nesta sala destacam-se um presente recebido por D. Carlota Joaquina em 1806 e também um biombo chinês de seis folhas lacadas a negro e com decoração de vegetais, animais, pássaros e borboletas.

Sala Árabe – Foi assim chamada devido à sua decoração que remonta ao tempo do primitivo Palácio Nacional de Sintra com origens muçulmanas.

Sala Manuelina – Abriga várias cópias de azulejos antigos que cobrem as paredes e foi utilizada em tempos como aposentos do rei D. Luís.

Dignos de visita são também o Pátio de Diana, o Pátio Central e Gruta dos Banhos, a Cozinha, e a Capela.

 

O Palácio Nacional de Mafra, como o próprio nome indica, fica situado no concelho de Mafra, no distrito de Lisboa, a uns 25 quilómetro de distância da capital portuguesa.

Este conjunto arquitetónico é constituído pelo palácio e também por um mosteiro monumental de estilo barroco.

Apesar de não ter sido um dos sete vencedores, o Palácio Nacional de Mafra, classificado como Monumento Nacional em 1910, foi um dos finalistas nomeados para uma das Sete Maravilhas de Portugal a 7 de julho de 2007.

Muitos são aqueles que defendem que a construção do Palácio e do Mosteiro se deveu a uma promessa feita devido a uma doença que o rei D. João V de Portugal padecia.

Foi prometido que se a rainha D. Maria Ana de Áustria lhe desse descendência, seria realizada esta construção. Assim, com o nascimento da princesa D. Maria Bárbara, ficou determinado o cumprimento da promessa.

Os trabalhos patrocinados por D. João V começaram a 17 de novembro do ano de 1717, sendo inicialmente projetado como um modesto mosteiro que abrigaria 109 frades franciscanos.

No entanto, com a entrada nos cofres de Portugal do ouro brasileiro, D. João e o seu arquiteto, Johann Friedrich Ludwig, alteraram o projeto inicial e realizaram um plano muito mais ambicioso.

Para a construção do conjunto arquitetónico não se pouparam despesas. Foram empregados 52 trabalhadores e no final, o mosteiro ficou com uma capacidade para abrigar 330 frades. Além do mosteiro, foi construído o palácio real e ainda uma das mais belas bibliotecas europeias.

Da decoração constam mármores preciosos, madeiras exóticas e ainda uma série de incontáveis obras de arte. Quanto à magnifica basílica, esta foi consagrada a 22 de outubro de 1730, no 41º aniversário do rei, e as festividades prolongaram-se por oito dias.

[ Editar ]Palácio Nacional de Mafra Como Residência Real

O Palácio Nacional de Mafra tornou-se popular para os membros da família real, numa época em que estava na moda a organização de caçadas reais, sendo que nessas ocasiões era no Palácio de Mafra que a família real ficava alojada.

Quando a família real partiu para o Brasil em 1807, devido às invasões francesas, foram levadas também as melhores mobílias e obras de arte existentes no Palácio de Mafra.

Mais tarde, em 1834, após a dissolução das ordens religiosas, o mosteiro foi abandonado, passando o Palácio a ser utilizado como residência de caça pela família real dos últimos monarcas da Dinastia de Bragança. Foi aliás daí que o último rei de Portugal, D. Manuel II, partiu para a praia da Ericeira, a 5 de outubro de 1910, para embarcar no iate real que o conduziria ao exílio.

[ Editar ]Palácio Nacional de Mafra na Atualidade

Nos nossos dias, o Palácio Nacional de Mafra acolhe um projeto para a preservação dos lobos ibéricos. Ao visitar o Palácio, pode-se ainda contemplar a farmácia, com os seus belos potes de medicamentos e alguns instrumentos cirúrgicos.

Pode-se ainda visitar o hospital, onde existem dezasseis cubículos privados de onde os pacientes podiam ver e ouvir a missa, sem saírem das suas camas.

No andar de cima encontra-se as salas mais sumptuosas do palácio, que se estendem a todo o comprimento da fachada ocidental.

Num dos extremos encontram-se os aposentos do rei e no outro extremo os aposentos da rainha, existindo entre eles uma distância de 232 metros.

No palácio existem dois carrilhões com um total de 57 sinos, que pesam mais de 200 toneladas e que foram mandados fabricar por D. João V em Antuérpia. Ainda hoje estes são considerados os maiores e mais pesados sinos do mundo.

Desde a construção do Palácio, este é zelado por membros da família Mangens, uma família de origem francesa que chegou a Lisboa no início do século XVIII.

Atualmente, o único residente no Palácio é o descendente dessa família, Gil Mangens que, à semelhança do seu pai e do seu avô, dedicou ao palácio toda a sua vida.

 

 Palácio da Bacalhoa 

 

O Palácio da Bacalhoa é agora propriedade da Condestablessa, D. Brites Lara, que casou em 1519 com o Marquês de Vila Real.

1521

A actual proprietária vende alguns terrenos na região, e mais tarde acabou por vender a própria quinta a Brás de Albuquerque, filho do grande Vice-Rei da Índia, Afonso de Albuquerque, pela quantia de 10 mil cruzados de ouro.

Palácio da Bacalhoa ao anoitecer
Palácio da Bacalhoa ao anoitecer
O actual proprietário era uma pessoa com formação clássica e que na altura da morte do pai, e por determinação régia, herdou o nome Afonso de Albuquerque e beneficiou de 300 mil reís e a quinta como herdade. Nesse mesmo ano casa com D. Maria de Noronha, filha do Conde de Linhares.

O proprietário actual teve vários cargos importantes no Conselho Régio, desde Provedor da Misericórdia até ao de Presidente do Senado da Capital durante várias excursões a Itália. O sei filho herdou o gosto pela arte e a imagem, influenciando por sua vez, a Casa dos Bicos em Lisboa, e também a reconstrução e remodelação do Palácio da Bacalhoa, cujo o estilo assenta no período da Renascença em Itália.

Fruto desta remodelação foram adicionadas duas novas torres circulares de cobertura lobulada, dando um aroma manuelino.

1554

As obras de remodelação no palácio terminam, sendo este ano indicado na porta que dá acesso ao pátio do palácio, através do lado norte, marcando a fase renascentista do imóvel.

1602

D. Jerónimo Manuel, o Bacalhau, falece na casa.

1730

A quinta passa a ser chamada de Quinta da Bacalhoa, nome adquirido depois de uma viagem à Índia onde foram ultrapassadas enormes dificuldades para salvar a tripulação que foi atacada pelo escorbuto, ficando apenas o bacalhau, que nessa época era considerado nocivo para a saúde.

196x

A quinta foi comprada na década de 60 por Mrs. Orlena Scoville, que deu início à restauração e remodelação do palácio. Sem estas obras importantes era impossível ter o palácio nas condições actuais.

Recentemente a quinta foi adquirida pelo Comendador Berardo / Bacalhoa Vinhos que tem mantido o património em bom estado.

 

Palácio da Regaleira

Pouco se sabe quanto à história da Quinta da Regaleira nos tempos que precederam a sua compra por António Carvalho Monteiro. Ainda assim, é sabido que, em 1697, um homem de seu nome José Leite adquiriu uma vasta propriedade que ficava no termo da vila de Sintra, que pela descrição parece referir-se aos terrenos da atual Quinta da Regaleira.

Mais tarde, em 1715, Francisco Alberto Guimarães de Castro comprou estes mesmos terrenos em hasta pública, canalizando para aí a água da serra para alimentar uma fonte que aí existia. Nesta altura, a Quinta era conhecida como Quinta da Torre ou do Castro.

No ano de 1800, a Quinta foi cedida a João António Lopes Fernandes e poucos anos mais tarde, em 1830, esta passou para a posse de Manuel Bernardo, passando apenas nessa altura a ser chamada de Quinta da Regaleira, nome esse que conserva até aos nossos dias.

Dez anos mais tarde, em 1840, a Quinta da Regaleira muda novamente de mãos, sendo desta feita adquirida pela filha de um grande negociante portuense, que mais tarde viria a ser agraciada com o título de Baronesa da Regaleira. Foi muito provavelmente nesse período que aí foi construída uma casa de campo que apenas se sabe aí ter existido através de algumas representações iconográficas desse local e que são datadas de finais do século XIX

A história do Palácio da Regaleira inicia-se no entanto em 1892, ano em que os barões da Regaleira decidem vender a propriedade ao Dr. António Augusto Carvalho Monteiro, por um valor que rondava os 25 contos de réis.

Imagem 28 - Palácio da Regaleira
Imagem 28 – Palácio da Regaleira
[ Editar ]Palácio da Regaleira

O Palácio da Regaleira foi edificado no início do Século XX, recebendo assim as influências do ideário romântico, em que um fascinante conjunto de construções nasce, como que do nada, no meio da floresta luxuriante.

Este é assim o resultado da concretização dos sonhos mitológicos e mágicos do seu proprietário à época, o Dr. António Augusto Carvalho Monteiro. Para a sua construção foi convidado o talentoso arquitecto e cenógrafo italiano Luigi Manini que viria a executar na perfeição o Palácio idealizado por António Monteiro.

Assim, a imaginação destes dois homens tão invulgares acabou por conceber algo que, por um lado, é o somatório revivalista das mais diversas correntes artísticas – podendo-se destacar principalmente o estilo gótico, o manuelino e a renascença – e, por outro, a glorificação da história de Portugal, influenciada pelas tradições míticas e esotéricas.

Palácio da Regaleira visto do Castelo dos Mouros
Palácio da Regaleira visto do Castelo dos Mouros
Por muito que se tente descrever a Quinta da Regaleira, é praticamente impossível fazê-lo pois este é um lugar para se sentir, tornando-se necessário conhecê-la e contemplar a cenografia dos jardins e do conjunto arquitetónico, admirar o filosofal Palácio “dos Milhões” (que recebeu este nome porque o seu dono era conhecido como o Monteiro dos Milhões), percorrer o parque ajardinado exótico e sentir a espiritualidade cristã na Capela da Santíssima Trindade, onde nos é possível descer à cripta, para que aí se possa recordar com emoção o simbolismo e a presença do além.

Existe ainda um extraordinário conjunto de torreões que nos oferecem o vislumbre de paisagens deslumbrantes, com lendários recantos estranhos, e das vivendas apalaçadas com um timbre requintado, sendo estes excelentes terraços com uma disposição que é a ideal para que se possa apreciar o mundo celeste.

É assim o ambiente na Quinta da Regaleira e no seu Palácio: MÁGICO E MITOLÓGICO

[ Editar ]Visitar o Palácio da Regaleira

A Quinta e o Palácio da Regaleira encontram-se abertos ao público de segunda a domingo, sendo possível também usufruir-se de uma visita guiada, sendo para tal necessário marcar a visita previamente (Contactos: 219 106 650 / regaleira@mail.telepac.pt). O custo da visita é de 6€ para as entradas normais e de 10€ para as visitas guiadas. No Verão, os horários das visitas são alargados, podendo o local ser visitado até depois das 18h00.